A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre as denúncias de maus-tratos em um “hotelzinho” infantil no bairro Palmital, em Linhares, e indiciou três mulheres: a proprietária do espaço, de 44 anos, e duas jovens de 18 e 19 anos que atuavam como estagiárias no local.

De acordo com as investigações, as funcionárias acordavam as crianças de forma violenta — com gritos, batendo nas portas e até jogando jatos de água misturada com creme capilar nos rostos dos pequenos, atingindo inclusive os olhos de uma delas.

As agressões vieram à tona após a divulgação de vídeos que circularam em redes sociais e geraram forte revolta na comunidade.

A proprietária, pedagoga de formação, foi responsabilizada por omissão, já que tinha conhecimento das condutas e ignorou reclamações anteriores feitas por pais. O inquérito também apontou que o estabelecimento funcionava sem alvará e que as estagiárias não tinham qualificação adequada para lidar com crianças.

As três foram indiciadas pelos crimes de submeter crianças a vexame ou constrangimento (art. 232) e expor a perigo a vida ou saúde de pessoa sob sua guarda (art. 136). O caso agora segue para a Justiça.

O escândalo chocou Linhares e acendeu o alerta para a fiscalização de espaços que atuam sem regulamentação adequada no cuidado infantil.